segunda-feira, 4 de março de 2019

Comentários Eleison – por Dom Williamson Número DCVI (23 de fevereiro de 2019):



EUA Enganados
 
 
 É graças a Deus que Trump e Putin estejam pela paz trabalhando.
Que não façam isto cessar a um ou ao outro assassinando!
Na semana passada, estes “Comentários” citaram o presidente
Putin, da Rússia, em 2014, acusando os Estados Unidos de “arruinarem todos os
sistemas de segurança coletiva global”. Ao que ele estava-se
referindo?Nos anos 80, os Presidentes Reagan e Gorbachev dos EUA e da
Rússia, respectivamente, percebendo o perigo do armazenamento, por parte dos
dois lados, de armas nucleares capazes de pôr fim à vida na Terra, fizeram
acordos visando à redução das armas que possuíam e a se absterem de produzir
mais armamentos de tipos especificamente perigosos que ainda não tinham. Esses
acordos serviram bem para relaxar as tensões e manter a paz entre as duas nações
até o final da Guerra Fria, em 1989, e além, mas a queda do Muro de Berlim e o
colapso da Rússia soviética criaram uma nova situação no cenário mundial: os EUA
eram agora a única superpotência. Teriam a sabedoria de não abusarem de seu
agora fortíssimo poderio militar?
Vários líderes dentro dos EUA pediram uma redução severa
nos gastos militares – era algo necessário por mais tempo? –, mas já em 1961 o
famoso presidente Eisenhower havia advertido os cidadãos americanos em seu
discurso de despedida à nação contra seu "complexo militar-industrial", que
exercia uma influência demasiadamente grande na política pública. Por "MIC" ele
se referiu à aliança triangular informal que havia surgido entre as forças
armadas dos EUA, a indústria pesada e o Congresso, e o perigo era que juntos
eles quisessem uma guerra por causa dos imensos lucros que obteriam com a
produção de armas caras. Por exemplo, em 2011 os EUA gastaram mais em suas
forças armadas do que as treze nações seguintes juntas.
A verdade é que uma economia capitalista prospera na
guerra, na medida em que as armas podem ser custosas para produzir, e se elas
são destruídas e têm de ser substituídas, isso é ainda mais rentável para os
produtores. Assim, no final da Guerra Fria, havia pelo menos três argumentos
para manter o gasto pesado com armas: os EUA devem estar preparados para
defenderem-se contra ameaças que possam surgir, a economia precisa do volume de
negócios, e o mundo precisa de uma polícia. Dentro do razoável, cada um
dos argumentos é válido, mas o Plano que os líderes dos EUA (especialmente Dick
Cheney) elaboraram nos anos 90 para guiar a política dos EUA não era
necessariamente razoável, porque era um plano para os EUA governarem o mundo.
Ele pede para que os EUA mantenham sua esmagadora superioridade militar e
impeçam que novos rivais se levantem para desafiá-lo no cenário mundial. Pede
por domínio igualmente sobre amigos e inimigos. Não diz que os EUA devem ser
mais poderosos, mas que devem ser absolutamente poderosos. O Plano fez com que
voltassem do desarmamento para o rearmamento.
Que um plano expresso em tais termos sofre de um orgulho
perigoso e de uma ambição desmedida deveria ser óbvio para qualquer um que tenha
o mínimo conhecimento sobre a natureza humana. Sob o governo do presidente
Clinton (1992-2000), o Plano foi retardado, mas assim que Dick Cheney voltou ao
poder como vice-presidente com os republicanos, a ideia perversa de um novo
Pearl Harbor como um evento planejado para mobilizar as pessoas por trás de uma
política que nunca aprovariam em seus sãos juízos foi posta em prática: o 11 de
Setembro, uma das maiores mentiras de toda a história, que só pode ter sido
arquitetada pelo governo secreto (o verdadeiro “Estado Profundo”) das
profundezas do governo público, e que notavelmente conseguiu, na época, dar
sequência ao Plano de Cheney. O 11 de Setembro imediatamente tornou possível a
invasão militar do Iraque e outras guerras de agressão desde então. Isso também
fez com que o Estado policial mundial desse passos gigantescos
adiante.
Mas as mentiras são a pegada segura de Satanás. Segue-se
que há algo de satânico no Plano de Cheney para a dominação militar do mundo
pelos EUA, tudo em nome da "democracia". Para uma visão sensata da política
insana dos EUA que segue diretamente para a Terceira Guerra Mundial, leiam em
PaulCraigRoberts.org a sanidade de um ex-alto funcionário do presidente Reagan
no governo americano, que observou em primeira mão e admirou o modo como Reagan
e Gorbachev conseguiram trabalhar juntos para protegerem a paz mundial. E oremos
por Trump e Putin. Com todas as suas respectivas falhas, ambos são certamente
dons de Deus pelos quais precisamos ser gratos a Ele.
Kyrie eleison.
 
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.