"Pensamentos de Santa Teresinha"
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1.“Não me esforço para formar minha coroa, para adquirir méritos e virtudes, faço-o para dar prazer a Jesus, salvando-lhe almas”.
2.Meu Deus! Desejaria morrer no campo de batalha em defesa da Igreja.
3.“Aqui sou estimada a esta afeição me é sumamente grata e suave; eis porque folgarei de viver num mosteiro onde fosse desconhecida, onde tivesse de sofrer o exílio do coração”.
4.Todos os instantes de nossa vida sejam só para Jesus e que as criaturas nos toquem só de passagem.
5.Se todos nesta vida me vierem a me deixar calada, a ti unida, sim, tudo é de passar...
6.Recuperar a saúde!...Si tal fosse a vontade de Deus, sentir-me-ia feliz de proporcionar-lhe este prazer.
7.Faço todos os esforços para ser uma criançinha pequena; assim não tenho preparativos a fazer. È Jesus em pessoa que há de pagar as despesas da viagem e o preço da entrada no céu. (Carta a sua irmã Leonia, em 12 de julho de 1896)
8.A Natividade de Maria! Que festa tão linda para me desposar com Jesus! Era a Santíssima Virgem pequenina de um dia, apresentar sua flor pequenina ao pequenino infante Jesus. (História de uma alma).
9.Para pertencer a Jesus é preciso ser pequenina como a gota de orvalho... Oh! Sejamos sempre a sua gotinha de orvalho, nisto consiste a perfeição. (Carta a Celina, 25 de abril de 1895).
10.Somos demasiadamente pequeninas, para sempre passarmos por cima das dificuldades. Pois bem! Passemos muito simplesmente por baixo delas, É bom para as grandes almas pairar sobre as nuvens quando ruge a tempestade; quanto a nós basta-nos suportar com paciência os aguaceiros.
11.Fazeis mal em criticar isto ou aquilo, quando desejais que todos se conformem ao vosso modo de ver. Já que queremos ser criancinhas, as crianças sabem o que é melhor, tudo acham bom. Além disso, não há mérito em só fazer o que é razoável. (Conselhos e lembranças).
12.Deus alegra-se muito mais do que ele opera numa alma humildemente resignada à sua pobreza, que da criação de milhões de sóis e da extensão dos céus. (Lembranças).
13.Oh! Não! A santidade não se acha nesta ou naquela prática, consiste numa disposição de alma que nos torna humildes e pequeninos nas mãos de Deus, cônscios de nossa fraqueza e confiantes até à ousadia em sua bondade de Pai. (Lembranças inéditas).
14.Algumas vezes quando leio certos tratados em que a perfeição é indicada através de mil empecilhos, o meu pobre e pequenino espírito fatiga-se bem depressa; fecho o sábio livro que me faz quebrar a cabeça e me seca o coração, e tomo a sagra Escritura. Então tudo me parece luminoso, uma só palavra abre à minha alma horizontes infinitos, a perfeição a figura se me fácil, vejo que basta reconhecer o próprio nada, abandonar-se como criança nos braços do bom Deus. (Historia de uma alma, c. X)
15.Não é necessário para ser atendido recitar belas fórmulas, achadas em algum livro, adequadas as circunstâncias; si assim fosse, pobre de mim! Faço como as criancinhas que não sabem ler; digo com simplicidade a Deus tudo o que lhe quero dizer, e ele sempre me compreendem. (História de uma alma c. X).
16.Terei o direito, sem ofender ao bom Deus, de fazer muitas tolicezinhas até à morte, si for humilde, si permanecer pequenina. Vede as criançinhas, não cessam de quebrar, de rasgar, de cair, embora amando muito a seus pais e sendo deles amados. (Novíssima verba, sete de agosto).
17.Minha paz é ficar pequena
Por isso quando caio, então
Ergo-me logo bem serena
E o meu Jesus vem dar-me a mão. (Poesias, Minha paz e alegria).
18.Disseram-me que no céu estarei entre os Serafins; si assim for não os imitarei, não me velarei com as minhas asas! Assim não poderia ver a Deus, teria a aparência de temê-lo e como seria possível prodigalizar-lhe minhas carícias e receber as suas? (Novíssima verba, 24 de setembro).
19.Sou apenas uma criancinha impotente e fraca, entretanto, é a minha fraqueza mesmo que me dá a audácia de oferecer-me vítima ao vosso amor, ó Jesus. (História de uma alma, c. XI).
20.Deus não inspira desejos irrealizáveis; posso, portanto, apesar da minha pequenez, aspirar à santidade. (História de uma alma, c. IX).
21.É, sobretudo o Evangelho que me entretém durante as minhas orações, é nele que vou buscar tudo o que é necessária à minha pobre alma. (História de uma alma, c. VIII).
22.Um olhar a Jesus e o reconhecimento de nossa própria miséria tudo repara. (Carta a Celina, seis de julho de 1893).
23.Como é fácil agradar a Jesus, arrebatar-lhe o coração! Basta só amá-lo sem olhar para si mesmo, sem examinar demasiadamente os próprios defeitos. (Carta a Celina, 6 de julho de 1893).
24.Minha vida espiritual de agora é simplesmente sofrer e nada mais. (Novíssima verba, 4 de agosto de 1897).
25.Só a verdade me alimenta; é por isso que nunca desejei visões; não podemos ver na terra o céu, nem os anjos tais como são. Prefiro esperar a visão eterna. (Novíssima verba).
26.A minha pequenina vereda é de não desejar ver coisa alguma; sabeis muito bem que eu cantei:
Que não desejei aqui
Na terra, ver a Ti,
Ó Jesus, lembra te!...
27.Desde a mina infância esta palavra de Jó me arrebata: Ainda que Deus me enviasse a morte, esperaria nele Ele... (História de uma alma, c XII. Novíssima verba).
28.Não posso estimar mais uma coisa do que outra; o que o bom Deus mais preza e escolhe para mim, eis o que mais me agrada. (Novíssima verba).
29.Se eu morresse sem ter recebido a Extrema-Unção, seria o caso de pensar que o Papai, o bom Deus, veio buscar-me o mais simplesmente possível. É sem dúvida uma grande graça ser confortada pelos Sacramentos, mas quando Deus dispõe de outro modo, isso nada influem... Tudo é graça... (Novíssima verba, cinco de junho).
30.Oh! Eu o amo!... Meu Deus... Eu vos amo... (Últimas palavras de Santa Teresinha, no dia 30 de setembro de 1897).