26/ 02 Quarta-feira
Festa de Terceira Classe
Festa de Terceira Classe
Paramentos Roxos
São Porfírio, o vigoroso destruidor da idolatria, nasceu em Tessalônica, na Macedônia Grécia, onde nasceu no ano 347.Instruído nas ciências, tendo a idade de 25 anos, retirou-se para a solidão de Scete, onde passou cinco anos numa gruta, nas proximidades do Jordão. A insalubridade do lugar causou-lhe grande mal à saúde, e doente chegou a Jerusalém, onde teve a notícia da morte dos pais. Em sua companhia achava-se um jovem de nome Marco. A este incumbiu de receber a herança e distribuir o dinheiro entre os pobres, o que se fez.São Porfírio, não tendo reservado nada para si, viveu sempre pobre.
Na visita diária aos Santos Lugares teve uma vez um desmaio que se
transformou em visão. Apareceu-lhe Nosso Senhor na Cruz e com ele o Bom
Ladrão.Nosso Senhor Jesus Cristo deu a este um sinal de ajudar São Porfírio
a levantar-se do chão. O Bom Ladrão São Dimas estendeu-lhe a mão e
disse: “Agradece a teu Salvador tua cura”. No mesmo momento Jesus Cristo
desceu da Cruz e entregou-lhe a mesma, com a recomendação de guardá-la
bem. Quando o Santo voltou a si, notou que estava perfeitamente curado. O
sentido das palavras de Cristo, porém ficou-lhe enigmático, até que o
Bispo de Jerusalém o ordenou e o nomeou guarda do Santo Lenho.
Os sacerdotes da diocese de Gaza, tendo perdido o Bispo, insistiram com São Porfírio
para que aceitasse a direção da diocese orfanada. Embora sua modéstia
quisesse fugir dessa dignidade, à obediência teve de sujeitar-se.
Existiam em Gaza muitos pagãos e um templo magnífico para o culto das
divindades. Os idólatras, conhecendo já de antemão o zelo do novo Bispo,
principalmente seu repudio ao culto pagão, assentaram matá-lo antes de
tomar posse do rebanho. Este plano ímpio, por qualquer circunstância
imprevista, não pôde ser efetuado. Bem se arrependeram da iniquidade
pois São Porfírio,
apesar de inimigo do paganismo, pela modéstia, paciência e caridade,
soube ganhar os corações dos próprios pagãos. Um fato extraordinário,
que se deu logo no princípio do seu governo, aumentou ainda a confiança e
veneração para com o novo Pastor. Uma seca atroz de muitos meses
aniquilara as esperanças dos lavradores e o espectro da fome começava a
apavorar os ânimos. Nesta expectativa desoladora os sacerdotes de
Marnas, a quem era devotado o templo, se dirigiram à sua divindade com
preces e sacrifícios, para obter o benefício de uma chuva. Marnas,
porém, chuva nenhuma mandou e a seca continuou a assolar a região.
Porfírio, condoído com a miséria pública, ordenou um dia de jejum,
organizou uma procissão de penitência a uma capela situada fora da
cidade. Apenas recolhida à procissão, caiu uma chuva abundantíssima,
refrigerando a terra ressecada. Muitos, diante deste espetáculo e vendo
nisto o grande poder do Deus dos cristãos, converteram-se. Outros,
porém, encheram-se de inveja e forjaram novos planos malignos contra a
vida do santo Bispo e de alguns cristãos.
Entretanto, veio um édito do imperador Arcádio, ordenando o fechamento
dos templos pagãos. Esta ordem foi por muitos funcionários obedecida,
por outros não. Assim ficou aberto o templo de Marnas. Porfírio,
desejando ardentemente a execução da ordem imperial, conseguiu em
Constantinopla a autorização para derrubar o templo em Gaza.
A influência, porém, de ministros subornados pelos sacerdotes pagãos,
fez com que o imperador revogasse a autorização exarada. Não obstante,
algum tempo depois, foi publicada nova ordem no mesmo sentido de fechar
os templos pagãos, sob pena de os refratários perderem a colocação; mas
mesmo assim, o templo não se fechou. A imperatriz Eudóxia prometeu a São Porfírio empregar toda a influência junto ao imperador, para conseguir o fechamento e a destruição do templo.
Porfírio, inspirado por Deus, predisse à imperatriz o advento de um
filho. Logo que esta profecia se cumpriu, dirigiu-se o Bispo a
Constantinopla, para administrar o sacramento do Batismo ao príncipe
herdeiro. Aconselhado pela imperatriz,São Porfírio redigiu novamente o requerimento ao imperador.
A petição foi entregue ao monarca logo depois do ato religioso, por
assim dizer, pela criança recém – batizada. Arcádio achou-a depositada
sobre o peito do filhinho. No momento em que a abria, a pessoa que
segurava nos braços a criancinha disse-lhe:
“Digne-se Vossa Majestade de deferir o requerimento apresentado por seu
filho”. O imperador respondeu com sorriso nos lábios: “Como poderia eu
negar o primeiro pedido de meu filhinho?” – Imediatamente foi mandado
para Gaza um oficial do exército, com ordem estrita de demolir o templo de Marnas.
Poucos dias depois, quando Porfírio se aproximou da cidade, os
cristãos, seus diocesanos, receberam-no com muita solenidade. O préstito
havia de passar por um lugar onde se achava uma imagem de Vênus, ponto
predileto para reuniões de mulheres, que costumavam encontrar-se lá,
para tratar projetos de casamentos. Mal o Bispo se achava defronte
daquela estátua, quando esta, sem que pessoa alguma lhe tivesse tocado,
ruiu por terra, fazendo-se em pedaços. Este fato causou grande
sensação e foi o início de muitas conversões. O templo de Marnas
desapareceu e em seu lugar se ergueu uma belíssima Igreja, dedicada a
Deus vivo e verdadeiro.
O
triunfo de Porfírio sobre a idolatria foi completo. Quando, em 421,
Deus o chamou para o descanso eterno, o santo Bispo teve a grande
satisfação de ver muito reduzido o número de pagãos em sua diocese.
São Porfírio exemplo de luta contra idolatrias rogai por nos pela conversão dos infiéis e modernistas ecumênicos.
II Coríntios 11,19-30 e 12,1-9
São Lucas 8, 4-15
Intróito/Sal. 43, 23-26.
Ficar
de pé ; por que você está dormindo, Senhor? Levante-se e não nos afaste
para sempre. Por que você vira o rosto e esquece nossa tribulação?
Nosso corpo está ligado à terra. Levanta-te, Senhor, ajuda-nos e
livra-nos.Ps. ibd., 2. Ó Deus, nós ouvimos com nossos ouvidos; nossos pais anunciaram seu trabalho para nós.V/. Glória Patri.
Coleta
Ó
Deus, que vês que não confiamos em nenhuma de nossas obras,
concede-nos, em tua bondade, sermos fortalecidos contra todos os males,
graças à proteção do Doutor dos Gentios.
Leitura da Epístola de São Paulo aos
II Coríntios 11,19-30 e 12,1-9
19 Vós, sendo homens sensatos, suportais de boa mente os loucos...
20 Sim, tolerais a quem vos
escraviza, a quem vos devora, a quem vos faz violência, a quem vos trata
com orgulho, a quem vos dá no rosto.
21 Sinto vergonha de o dizer;
temos mostrado demasiada fraqueza... Entretanto, de tudo aquilo de que
outrem se ufana (falo como um insensato), disto também eu me ufano.
22 São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu.
23 São ministros de Cristo? Falo
como menos sábio: eu, ainda mais. Muito mais pelos trabalhos, muito mais
pelos cárceres, pelos açoites sem medida. Muitas vezes vi a morte de
perto.
24 Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um.
25 Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo.
26 Viagens sem conta, exposto a
perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte de meus
concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no
deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos!
27 Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, freqüentes jejuns, frio e nudez!
28 Além de outras coisas, a minha preocupação cotidiana, a solicitude por todas as igrejas!
29 Quem é fraco, que eu não seja fraco? Quem sofre escândalo, que eu não me consuma de dor?
30 Se for preciso que a gente se glorie, eu me gloriarei na minha fraqueza.1 Importa que me glorie? Na verdade, não convém! Passarei, entretanto, às visões e revelações do Senhor.
2 Conheço um homem em Cristo que
há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não
sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus o sabe.
3 E sei que esse homem - se no corpo ou se fora do corpo, não sei; Deus o sabe -
4 foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir.
5 Desse homem eu me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas.
6 Pois, ainda que me quisesse
gloriar, não seria insensato, porque diria a verdade. Mas abstenho-me,
para que ninguém me tenha em conta de mais do que vê em mim ou ouve
dizer de mim.
7 Demais, para que a grandeza das
revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne,
um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade.
8 Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim.
9 Mas ele me disse: Basta-te minha
graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força.
Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em
mim a força de Cristo.
Gradual/Sal. 82, 19 e 14.
Deixe as nações saberem que seu nome é Deus; que você é o único Altíssimo em toda a terra.
V. Meu Deus, faça-os como uma roda e a palha soprada pelo vento.
Trato/ Sal. 59, 4 e 6.
Tu sacudiste a terra, Senhor, e a perturbaste.
V /. Cure seu quebrantamento, pois ela está abalada.V /.Para que você escolha fugir antes do arco: que eles sejam libertados.
Sequência do Santo Evangelho
São Lucas 8, 4-15
4 Havia se reunido uma grande multidão: eram pessoas vindas de várias cidades para junto dele. Ele lhes disse esta parábola:
5 Saiu o semeador a semear a sua
semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi
pisada, e as aves do céu a comeram.
6 Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade.
7 Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na.
8 Outra, porém, caiu em terra boa;
tendo crescido, produziu fruto cem por um. Dito isto, Jesus acrescentou
alteando a voz: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
9 Os seus discípulos perguntaram-lhe a significação desta parábola.
10 Ele respondeu: A vós é
concedido conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros se lhes
fala por parábolas; de forma que vendo não vejam, e ouvindo não
entendam.
11 Eis o que significa esta parábola: a semente é a palavra de Deus.
12 Os que estão à beira do
caminho são aqueles que ouvem; mas depois vem o demônio e lhes tira a
palavra do coração, para que não creiam nem se salvem.
13 Aqueles que a recebem em solo
pedregoso são os ouvintes da palavra de Deus que a acolhem com alegria;
mas não têm raiz, porque crêem até certo tempo, e na hora da provação a
abandonam.
14 A que caiu entre os espinhos,
estes são os que ouvem a palavra, mas prosseguindo o caminho, são
sufocados pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida, e assim os seus
frutos não amadurecem.
15 A que caiu na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança.
Ofertório/Sal. 16, 5, 6-7.
Firme
meus passos em suas veredas, para que meus pés não vacilem. Incline seu
ouvido para mim e ouça minhas palavras. Explode tuas misericórdias, tu
que salvas aqueles que esperam em ti, Senhor.
Secreta
Que o sacrifício oferecido a ti, Senhor, aumente em nós a vida sobrenatural e nos fortaleça.
Prefácio à Santíssima Trindade ; mas nos feriados, quando é retomada a Missa daquele domingo, reza-se o Prefácio Comum .
Comunhão/ Sal. 42, 4.
Irei ao altar de Deus, do Deus que alegra a minha juventude.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso
Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca,
fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se
refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e
outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas
comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com
dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que
alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu
Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento
do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós.
Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde,
ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já
estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que
torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Oh!
Não me é dado receber a santa Comunhão tantas vezes, quantas desejo.
Mas, Senhor, não sois Todo-Poderoso?... Ficai em mim, como no
Tabernáculo, não vos afasteis jamais de vossa pequenina hóstia…(Santa Terezinha do Menino Jesus)
Depois da comunhão.
Dirigimos-te
as nossas súplicas, ó Deus Todo-Poderoso, para que àqueles a quem
nutrimos com o teu sacramento, concedas também a graça de te servir
dignamente com uma conduta que te agrade.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.