21/01 Sábado
Festa
de Terceira Classe
Paramentos
Vermelhos
Santa Inês seu nome
vem do grego, que significa pura. Ela pertenceu a uma família romana e,
segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma babá
que só a deixaria após o casamento.Aos 12 anos quando um pretendente se aproximou dela; segundo a tradição, era
filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de
Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com
Deus. De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era
chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor; e fez este
compromisso. O jovem não sabia e, diante de tantas propostas, ela sempre
dizia 'não'. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque sob
o império de Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse
Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava um mártir.
A
maneira por que o juiz a tratou para conseguir que abandonasse a
religião, obedeceu ao programa costumeiro em tais
ocasiões: elogios, desculpas, galanteios e promessas.
Experimentada a ineficácia destes recursos, entravam em cena,
imposições, ameaças, insultos, brutalidades. O
juiz fez a Inês saborear todos os recursos da força
inquisitorial da justiça romana.
Santa
Inês não se perturbou. Mesmo quando lhe mostraram os
instrumentos de tortura, cujo simples aspecto era bastante para causar
espanto ao homem mais forte, Inês os olhou com indiferença
e desprezo. Arrastada com bruteza ao lugar
onde se achavam imagens de deuses e intimada a queimar incenso,
a donzela levantou as mãos puríssimas ao céu, para fazer o sinal da
cruz. No auge do furor, vendo baldados todos os esforços e posta a ridículo
sua autoridade, o juiz teve uma inspiração diabólica: de mandar a
donzela a uma casa de pecado um prostibulo. Santa Inês respondeu-lhe: “Nosso Senhor Jesus Cristo vela
sobre a pureza de sua esposa e não permitirá que lh’a
roubem. Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu
sangue. Nunca, porém, conseguirás profanar o meu corpo, que é
consagrado a Nosso Senhor Jesus Cristo”.
A ordem do juiz foi executada e daí a pouco Santa Inês se achava
no lugar da prostituição. Dos diversos rapazes que
lá estavam, só um teve o atrevimento de aproximar-se de
Inês, com malignos intuitos. No momento, porém, em que ia
estender a mão contra ela, caiu por terra , como fulminado por
um raio. Os companheiros, tomados por um grande pavor, tiraram o corpo
do infeliz e levaram-no para outro lugar. Não estava morto, como
todos supuseram no primeiro momento, mas aos olhos faltou-lhes a luz.Santa Inês rezou sobre ele e a cegueira desapareceu.
O juiz, profundamente humilhado com esta inesperada vitória da
Santa, deu ordem para que fosse decapitada.
Ao ouvir esta sentença, a alma de Santa Inês encheu-se de
júbilo. Maior não podia ser a satisfação e
a alegria da jovem noiva, ao ver aproximar-se o dia das núpcias,
que o prazer que Santa Inês experimentou, quando ouviu dos
lábios do juiz o convite para as núpcias eternas com Nosso Senhor Jesus Cristo, seu celeste esposo. O
algoz tinha recebido ordem para, antes de executar a sentença de
morte, convidar a Inês para prestar obediência à intimação do juiz.
Feito pela última vez Inês com firmeza o rejeitou. Ajoelhando-se,
inclinou a cabeça, ao que
parecia para prestar a Deus a última adoração
aqui na terra, quando a espada do algoz lhe deu o golpe de morte. Os
circunstantes, vendo este triste e ao mesmo tempo grandioso espetáculo,
soluçavam alto.
Santa Inês completou o martírio aos 21 de janeiro de 304
ou 305. tendo apenas a idade de 13 anos. No tempo do imperador
Constantino foi construída em Roma uma Igreja dedicada à
gloriosa mártir.
Santa Inês é padroeira das Filhas de Maria, por causa da
sua pureza Angélica. Os jardineiros também a veneram como
padroeira, por ser o modelo perfeito da pureza, como Maria
Santíssima, que é chamada “hortus conclusus”,
horto fechado. É padroeira dos noivos, por ter-se chamado
esposa de Cristo. Do nome Inês há duas interpretações, a grega e a
latina. Inês em grego é Hagne, isto é, pura; em latim, agna significa
cordeirinho. Na Igreja latina prevaleceu esta interpretação. Dois dias
depois da sua morte, a mártir apareceu a seus pais, acompanhada de um
grupo de virgens, tendo ao seu lado um cordeirinho. Santo Agostinho
admitia as duas interpretações. “Santa Inês, diz ele, significa em latim
um cordeirinho e em grego, a pura”. – No dia da festa desta Santa,
na sua igreja em Roma são apresentados e bentos cordeirinhos, de cuja lã
são confeccionados os “palliums” dos Arcebispos.
Intróito/ Sal. 118, 95-96.
Os pecadores esperavam que eu me perdesse, mas eu entendi seus ensinamentos, Senhor. Eu vi o fim de toda perfeição; sua lei tem uma extensão infinita.Ps. Ibid., Bem-aventurados os que são imaculados no caminho, que andam na lei do Senhor.V/. Glória Patri.
Coleta
Deus todo-poderoso e eterno, que escolhe o que é fraco no mundo, para confundir os fortes, concede-nos, por tua misericórdia, que, celebrando a solenidade da bem-aventurada Inês, sua Virgem e Mártir, sintamos contigo os efeitos de sua proteção.
Leitura do livro da Sabedoria
Eclesiástico 51,1-8,12.
1 Glorificar-vos-ei, ó Senhor e Rei, louvar-vos-ei, ó Deus, meu salvador.
2 Glorificarei o vosso nome, porque fostes meu auxílio e meu protetor.
3 Livrastes meu corpo da perdição,
das ciladas da língua injusta, e dos lábios dos forjadores de mentira.
Fostes meu apoio contra aqueles que me acusavam.
4 Libertastes-me conforme a extensão da misericórdia de vosso nome, dos rugidos dos animais ferozes, prestes a me devorar;
5 da mão daqueles que atacavam a minha vida, do assalto das tribulações que me aturdiam,
6 e da violência das chamas que me rodeavam. Em meio ao fogo não me queimei.
7 Libertastes-me das profundas
entranhas da morada dos mortos, da língua maculada, das palavras
mentirosas, do rei iníquo e da língua injusta.
8 Minha alma louvará ao Senhor até a morte, 12 pois libertais, Senhor, aqueles que esperam em vós, e os salvais das mãos das nações.
Gradual/ Sal. 44, 3 e 5.
A graça é derramada em seus lábios; é por isso que Deus te abençoou para sempre e por todas as eras.
V /. Pela verdade, mansidão e justiça; e seu direito o guiará maravilhosamente.
Aleluia, aleluia/ Matt. 25, 4 e 6.
V /. Cinco virgens prudentes levaram azeite em suas vasilhas com suas lâmpadas; mas no meio da noite ouviu-se um grito: Aqui vem o noivo; vá diante de Cristo, seu Senhor. Aleluia.
Sequência do Santo Evangelho
São Mateus 25,1-13
1 Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo.
2 Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes.
3 Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo.
4 As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas.
5 Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram.
6 No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro.
7 E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas.
8 As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando.
9 As prudentes responderam: Não
temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos
vendedores, a fim de o comprardes para vós.
10 Ora, enquanto foram comprar,
veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala
das bodas e foi fechada a porta.
11 Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos!
12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço!
13 Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.
Ofertório/Sal. 44, 15 e 16.
Virgens serão trazidas ao rei depois de você; seus companheiros serão apresentados em meio à alegria e alegria. Eles serão levados ao templo do rei.
Secreta
Recebe favoravelmente, Senhor, as hóstias que te oferecemos, e por intercessão da Beata Inês, tua Virgem e Mártir, livra-nos das amarras de nossos pecados.
Comunhão/ Mat. 25, 4 e 6.
Cinco virgens prudentes levaram azeite em suas vasilhas com suas lâmpadas; mas no meio da noite ouviu-se um grito: Aqui vem o noivo; vá diante de Cristo, seu Senhor.(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca, fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Depois da comunhão.
Alimentados pela comida e bebida celestiais, rogamos e suplicamos, ó nosso Deus, que nos conceda a ajuda das orações daquela em cuja festa as recebemos.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário.