Simeão Estilita, o Antigo
(Sis, ca. 389 - Telnessin, 459) um asceta cristão sírio, que viveu no
cimo de uma coluna de pedra. É chamado de "Antigo" para distingui-lo de
São Simeão Estilita, o Moço, que viveu no século VI.
Simeão nasceu no norte da Síria, perto da moderna Alepo, tendo começado
a sua vida como pastor. Em 403 a.C. teria 23 anos e ingressou como
monge em Teleda, tendo adoptado práticas de austeridade
extremas que geraram critícas e o afastamento da comunidade. Mudou-se
então para Telnessin por volta do ano 412. Viveu como eremita numa cela e
depois passou a viver no topo de uma coluna preso por uma corrente
(tornou-se um estilita), para “se aproximar de Deus, e
se afastar dos pecados do mundo”.
Foi adoptando cada vez colunas mais elevadas, tendo a última onde
viveria durante trinta anos (entre 429-459) dezessete metros de altura. O
que era necessário à sobrevivência era levado através de uma escada.
O local onde se erguia a coluna tornou-se alvo de peregrinação de doentes e de pessoas que procuravam aconselhamento espiritual. Aparentemente a sua influência atingiu imperadores, como Leão I de Bizâncio, ao qual escreveu uma carta na qual se pronunciava a favor do Concílio de Calcedónia.
O local onde se erguia a coluna tornou-se alvo de peregrinação de doentes e de pessoas que procuravam aconselhamento espiritual. Aparentemente a sua influência atingiu imperadores, como Leão I de Bizâncio, ao qual escreveu uma carta na qual se pronunciava a favor do Concílio de Calcedónia.
O Padre António Vieira, no Sermão de Todos os Santos, VII, fala dele assim:
"Mais fazia Simeão Estilita, a quem com razão podemos chamar Anacoreta do Ar, e não da terra. Vivia sobre uma coluna de trinta e cinco côvados de alto, onde perseverou oitenta anos ao sol, ao frio, à neve, aos ventos, comendo uma só vez na semana, e orando de dia e de noite, quase sem dormir. Umas vezes orava de joelhos e prostrado, outras em pé e com os braços abertos, e nesta postura estava reverenciando continuamente a Deus com tão profundas inclinações, que dobrava a cabeça até os artelhos. (...)"
A ascese (do grego ἄσκησις, derivado di ἀσκέω, “exercitar”) consiste na prática da renúncia do prazer ou mesmo a não satisfação de algumas necessidades primárias, com o fim de atingir determinados fins espirituais.
A
Ascética consiste no esforço metódico e continuado, com a ajuda da
graça, para favorecer o pleno desenvolvimento da vida espiritual,
aplicando meios e superando obstáculos. Aqui actuam e organizam-se os
grandes meios e práticas da vida espiritual: oração, penitência, retiro,
exame de consciência, direcção espiritual, sacramentos. Como também uso
de métodos, projectos, disciplina interior, para um maior
aproveitamento da graça e dos meios. Este sentido amplo é o que
normalmente tem a palavra, quando se encontra em títulos de manuais, ou
se contrapõe a Mística.
Ascese, em sentido mais restrito, é o conjunto dos exercícios mortificantes, aplicados directamente a eliminar vícios,
dominar e reorientar tendências desordenadas, robustecer a liberdade. É
o que normalmente se expressa em termos como abnegação, mortificação, penitência, renúncia.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dia Santo Rosário.