20/06 Terça-feira
Festa de Quarta Classe
Paramentos Verdes
São Silvério Pontificado - 536 a 537. O pontificado de São Silvério coincide com a ocupação da Itália pelos imperadores bizantinos. A nota característica do seu governo é a firmeza e intrepidez com que defendeu os direitos da igreja, contra a imperatriz Teodora. Eis o fato como os hagiógrafos o relatam. O Papa Agapito, antecessor de Silvério, tinha deposto o bispo de Constantinopla, Antimo, por este haver defendido a heresia eutiquiana. A imperatriz, fautora da mesma heresia, desejava ver Antino reabilitado na jurisdição episcopal, desejo que Agapito não quis atender e não atendeu. Morto este Papa, Virgílio, diácono romano, apresentou-se à imperatriz Teodora, prometendo-lhe a reabilitação de Antimo se apoiasse sua candidatura ao pontificado. Teodora deu a Virgílio uma carta de apresentação a Belisário, general bizantino, que se achava na Itália, recomendando-lhe apoiasse a eleição. Entretanto foi eleito Papa Silvério e como tal reconhecido. A este a imperatriz se dirigiu, exigindo a reabilitação dos bispos, por Agapito depostos, e a anulação das decisões do Concílio de Chalcedon, que tinha condenado a heresia de Eutiques. Nesse ofício arrogante Teodora ameaçou o Papa com a deposição, caso não lhe acedesse às exigências. A resposta de Silvério foi respeitosa, mas negativa. Com franqueza e firmeza apostólicas declarou à imperatriz que estaria pronto a sofrer prisão e morte, mas não cederia um ponto das constituições do Concílio.Teodora não se conformando com esta resposta, ordem deu a Belisário de afastar Silvério de Roma e pôr Virgílio na cadeira de São Pedro. Para não cair no desagrado da imperatriz, Belisário prontificou-se a executar a ordem, mas desejava ter em mãos outros documentos, a pretexto dos quais pudesse proceder contra o Papa. Tirou-o do embaraço sua ímpia mulher Antonina. Esta lhe fez chegar às mãos uma carta falsificada, que trazia as armas e assinatura de Silvério, carta em que o Papa se teria dirigido aos Godos, prometendo-lhes entregar Roma, se lhe viessem em auxílio. Belisário estava a par do que se passava, e bem sabia qual era a autoria da carta. Não obstante, para obsequiar a mulher, citou Silvério à sua presença, mostrou-lhe a carta, acusou-o de alta traição e, sem esperar pela defesa da vítima, ordenou que lhe tirassem as insígnias pontifícias e lhe pusessem um hábito de monge, e assim o mandou para o desterro. No mesmo dia Virgílio assumiu as funções de Sumo pontífice. A consternação e indignação dos católicos eram gerais. Só Silvério bendizia a graça de sofrer pela justiça. O Bispo de Pátara, diocese que deu agasalho ao Papa desterrado, pôs-se a caminho de Constantinopla, com intuito de defender a causa de Silvério. Recebido pelo imperador Justiniano, fez-lhe a exposição clara das cousas ocorridas, e mostrou-lhe a injustiça feita ao representante de Cristo. Justiniano ordenou que Silvério fosse imediatamente levado a Roma, e que a permanência na metrópole lhe fosse vedada só no caso de se provar o crime de alta traição. Belisário e o antipapa Virgílio souberam impossibilitar a volta de Silvério para Roma. Apoderaram-se dele e transportaram-no para a ilha Palmaria. Lá o sujeitaram a um tratamento indigno e sobremodo humilhante. Silvério, porém, ficou firme na justa resistência à tirania e usurpação. Longe de reconhecer a autoridade de Virgílio, excomungou-o e deu do exílio sábias leis à igreja. Nunca se lhe ouviu uma palavra sequer de queixa contra os planos e desígnios de Deus. Ao contrário, no meio dos sofrimentos e provações, louvava e enaltecia a sabedoria e bondade da Divina Providência.Três anos passou Silvério no desterro. Liberato, historiador contemporâneo de Silvério, diz que o Santo Papa morreu de fome.
Intróito/Sal. 24, 16 e 18.
Olha
para mim e tem piedade de mim, Senhor, porque estou só e pobre, vê a
minha humilhação e o meu trabalho e perdoa-me todos os meus pecados.
Ps. ibid., 1-2.A Ti, Senhor, elevo a minha alma, ó meu Deus, em Ti confio, não serei confundido.
V/. Glória Patri.
Coleta
Deus,
protetor daqueles que esperam em ti, e sem o qual não há nada firme ou
santo: multiplica sobre nós as tuas misericórdias; para que, sob tua lei
e tua conduta, passemos de tal maneira pelos bens temporais, que não
percamos os eternos.
Leitura da Epístola dos
1ª de São Pedro Apóstolo 5, 6-11
Gradual. Sal. 54, 23, 17 e 19.GradualIacta cogitátum tuum in Dómino: et ipse te enútriet.Lance seus cuidados no seio do Senhor, e ele mesmo o alimentará.
V/.
Dum clamárem ad Dóminum, exaudívit vocem meam ab his, qui apropínquant
mihi.V/. Enquanto eu clamava ao Senhor, Ele respondeu minha oração para
me livrar daqueles que me atacam.
Aleluia, aleluia.Aleluia, aleluia.
V/.
Ps. 7, 12. Deus iudex iustus, fortis et pátiens, numquid iráscitur per
síngulos dies? Aleluia.V/. Deus é um juiz justo, forte e paciente, ele
ficará com raiva todos os dias? Aleluia.
Sequência do Santo Evangelho
São Lucas 15, 1-10
1 Aproximavam-se de Jesus os publicamos e os pecadores para ouvi-lo.
2 Os fariseus e os escribas murmuravam: Este homem recebe e come com pessoas de má vida!
3 Então lhes propôs a seguinte parábola:
4 Quem de vós que, tendo cem
ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e
vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo,
6 e, voltando para casa, reúne os
amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Regozijai-vos comigo, achei a minha
ovelha que se havia perdido.
7 Digo-vos que assim haverá maior
júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e
nove justos que não necessitam de arrependimento.
8 Ou qual é a mulher que, tendo
dez dracmas e perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a
busca diligentemente, até encontrá-la?
9 E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido.
Ofertório/Sal. 9, 11-12 e 13.
É
em Ti que todos aqueles que conheceram o teu nome confiam, Senhor, pois
não abandonas aqueles que te procuram. Cantai ao Senhor que habita em
Sião, porque não se esqueceu da oração dos pobres.
Secreta
Olha,
Senhor, para estes dons da Igreja que te pede, e concede aos crentes
que os recebam sempre de maneira santa para sua salvação.
Comunhão/ São Lucas. 15, 10.
Eu lhes digo, um pecador penitente é motivo de alegria entre os anjos de Deus.
(Quem não pode comungar em especie, fazer comunhão espiritual)
Nosso
Senhor Jesus Cristo numa aparição revelou a sóror Paula Maresca,
fundadora do convento de Sta. Catarina de Sena de Nápoles, como se
refere na sua vida, e lhe mostrou dois vasos preciosos, um de ouro e
outro de prata, dizendo-lhe que conservava no vaso de ouro suas
comunhões sacramentais e no de prata as espirituais. As espirituais com
dependência exclusiva da piedade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que
alimentais nossa alma na solidão do coração.
“Meu
Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento
do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós.
Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde,
ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já
estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que
torne a separar-me de Vós” (Santo Afonso Maria de Liguori)
Depois da comunhão.
Que
o santo sacramento recebido por nós, Senhor, nos dê vida e,
purificando-nos de nossas faltas, nos prepare para desfrutar sem fim de
sua misericórdia.
Viva Cristo Rei e Maria Rainha.
Rezem todos os dias o Santo Rosário